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Biografia

rio de janeiro_ rj_ 1930-1990

www.iacbrasil.org.br/artista/sergio-camargo

Sergio Camargo é considerado um dos mais originais escultores brasileiros ligados à vertente construtiva, mesmo sem ter se filiado a seus grupos ou movimentos. Longe de ser essencialmente racionalista, seu trabalho escultórico emana certa organicidade, fruto da combinação de um número restrito de volumes geométricos, como cilindros, cubos e retângulos, que responde a um princípio de “geometria empírica”, como definiu o artista. Em suas composições tridimensionais, a atitude sistemática de junção de formas geométricas não impede que subsista um constante movimento de rompimento e rearticulação, animado pela incidência de luz sobre os volumes. A partir da década de 1970, Camargo passa a utilizar quase exclusivamente o mármore, cuja materialidade reage à incidência de luz de modo mais contundente, revelando, de maneira mais enfática, o aspecto dinâmico das composições. 

Iniciou seus estudos em arte aos dezesseis anos, na Academia Altamira, em Buenos Aires, com Emílio Pettoruti e Lucio Fontana. Em 1948, viajou para Europa, onde fez o curso livre de Filosofia na Sorbonne, em Paris, e foi influenciado pelas obras de Constantin Brancusi, Georges Vantongerloo, Hans Arp e Henri Laurens. Entre 1961 e 1973, frequentou aulas de Sociologia da Arte com Pierre Francastel, na École Pratique des Hautes Études. Nesse período trabalhou em seu ateliê de Malakoff, em Paris, e junto ao ateliê Soldani, em Massa, na Itália. No final de 1973, retornou definitivamente ao Rio de Janeiro, onde iniciou a construção de seu ateliê no bairro de Jacarepaguá. 

Além do Brasil, Sergio Camargo conquistou grande respeito no circuito internacional, tendo participado de exposições individuais e coletivas, além de realizar importantes obras para espaços públicos, como o Palácio do Ministério das Relações Exteriores (Brasília); Banco do Brasil de Nova York (EUA); Faculdade de Medicina de Bourdeaux (França); e Praça da Sé (São Paulo). Tem obras em museus nacionais e estrangeiros e integra conceituadas coleções privadas. Em 2000, nos dez anos de sua morte, Sergio Camargo ganhou um local de visitação permanente no Paço Imperial do Rio de Janeiro, com a reconstituição de seu ateliê de Jacarepaguá. Raquel Arnaud representa o artista desde 1975 e é responsável pelo Espólio Sergio Camargo desde 1990.

 

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