Sobre

A consistência e a importância de um artista vêm do aprimoramento de suas fases e pesquisas. Para um artista, assim como para uma galeria, é imprescindível manter uma linha de trabalho sem concessões. A trajetória da Galeria Raquel Arnaud é assinalada por escolhas visuais contundentes e pelo esforço no sentido de colocar em perspectiva as tendências que representa.

Precursora no mercado de arte brasileira e fundamental para o desenvolvimento e consolidação da arte contemporânea, a Galeria Raquel Arnaud foi criada em 1973, com o nome de Gabinete de Arte. Com espaços marcantes assinados por arquitetos como Lina Bo Bardi, Ruy Ohtake e Felippe Crescenti, o Gabinete passou por diferentes endereços como as avenidas Nove de Julho e Brigadeiro Luís Antônio, além do espaço que havia pertencido ao Subdistrito Comercial de Arte, na rua Artur de Azevedo, em Pinheiros, no qual permaneceu de 1992 a 2011.

O foco no segmento da abstração geométrica e a atenção especial dada às investigações da arte contemporânea – arte construtiva e cinética, instalações, esculturas, pinturas, desenhos e objetos – perpetuaram a Galeria Raquel Arnaud no Brasil e no exterior, tanto por sua coerência como pela contribuição singular para valorização e consolidação da arte brasileira. Para isso, contribuíram de forma fundamental artistas como Amilcar de Castro, Willys de Castro, Lygia Clark, Mira Schendel, Sergio Camargo, Hércules Barsotti, Waltercio Caldas, Iole de Freitas e Arthur Luiz Piza, entre outros.

Atualmente com sede na rua Fidalga, 125, Vila Madalena, a Galeria Raquel Arnaud representa artistas reconhecidos nacional e internacionalmente – Waltercio Caldas, Carlos Cruz-Díez, Arthur Luiz Piza, Sérvulo Esmeraldo, Iole de Freitas, Maria Carmen Perlingeiro, Carlos Zilio e Tuneu. Os mais jovens atestam a consolidação de novas linguagens contemporâneas – Frida Baranek, Geórgia Kyriakakis, Daniel Feingold, Julio Villani, Célia Euvaldo, Wolfram Ullrich, Elizabeth Jobim, Carla Chaim, Carlos Nunes e Ding Musa.

Raquel Arnaud também fundou o Instituto de Arte Contemporânea (IAC) em 1997, a única instituição no Brasil que cataloga documentação de artistas.

Fotos

Raquel Arnaud

Os primeiros passos de Raquel Arnaud nesse meio foram dados ainda na década de 1960, quando ela teve contato com importantes personalidades das artes, como Lasar Segall e Pietro Maria Bardi. Com o professor Bardi, trabalhou nos primeiros momentos do Museu de Arte de São Paulo (Masp) em sua sede atual, na avenida Paulista, entre 1968 e 1971.

Em 1973, Raquel Arnaud inaugurou sua primeira galeria: o Gabinete de Artes Gráficas, no qual permaneceu até 1979. Nesse mesmo período, a convite da Rede Globo de Televisão, dirigiu a galeria Arte Global, na qual estreitou relações com artistas como Iole de Freitas, Anna Maria Maiolino, Lygia Pape, Roberto Magalhães e Carlos Vergara, entre outros. Em seis anos à frente da Arte Global, organizou cerca de cem exposições.

Em 1980, com a criação do Gabinete de Arte Raquel Arnaud, focado em um dos segmentos mais importantes do século XX – a abstração geométrica –, Raquel cercou-se de artistas/parceiros/amigos como Sergio Camargo, Lygia Clark, Amilcar de Castro, Mira Schendel, Arthur Luiz Piza, Waltercio Caldas, Tunga, José Resende, Nuno Ramos e Hércules Barsotti. Esse elenco de artistas fez crescer o Gabinete de Arte, cujos catálogos, convites e publicações, elaborados com designers e grandes artistas como Fernando Lemos, Willys de Castro e Waltercio Caldas, tornaram-se uma das marcas registradas do trabalho da galerista Raquel Arnaud.

Em 2011, com a mudança de endereço e de nome, de Gabinete para Galeria Raquel Arnaud, a galerista inaugura uma nova etapa profissional e pessoal, na qual será possível, além de uma maior aproximação com o público e com seus clientes, explorar novos universos artísticos, como a fotografia. No entanto, o trato particular de Raquel com os artistas que representa, marcado por uma afinidade que começa no encantamento pela obra e se desenvolve na amizade e na cumplicidade conquistadas através de uma longa parceria, permanecerá sempre como um dos grandes diferenciais de Raquel Arnaud.

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