the dizziness of freedom
05 set - 04 out_2014
A Galeria Raquel Arnaud, em parceria com o MASP e a galeria norte-americana Gagosian, traz ao Brasil seis obras do artista e cineasta norte-americano Julian Schnabel.
A mostra, que ocorre paralelamente à retrospectiva organizada pelo MASP em setembro – “Julian Schnabel – Paintings 1998-2014” –, traz ao público trabalhos que representam a contemporaneidade na produção do artista. Tratam-se de seis telas concebidas em grande formato e que traduzem parte do potencial de uma obra marcada, entre outros, pela constante diversidade de suportes, temas, e, nesse caso pictórico, materiais.
Um dos grandes nomes artísticos da cena contemporânea mundial, reconhecido por dirigir os filmes Basquiat (1996) e O Escafandro e a Borboleta (2007), o artista e cineasta Julian Schnabel é também conhecido por sua figura quase mítica, sua carreira muitas vezes controversa, e pelo caráter compulsivo e relativamente intenso com que, nessas mesmas características, imprime marcas em seu trabalho.
Dotado de uma notável capacidade em desenvolver transformações, Schnabel experimenta uma vasta alquimia entre fontes e materiais, desafiando as próprias noções de moderação, racionalidade e ordem que poderiam estar implícitas em sua produção. A atitude barroca incorporada em suas pinturas ganha escalas audaciosas e passaram, ao longo do tempo, a combinar tinta a óleo e técnicas de colagem; elementos pictóricos clássicos inspirados na arte histórica; características neo- expressionistas, abstratas e figurativas.
Para tratar de temas adequadamente amplos, como a sexualidade, a obsessão, o sofrimento, a redenção, a morte e a religiosidade, Schnabel faz uso de uma particular diversidade de materiais, como pratos quebrados, tecidos – típicos de cenários de teatro Kabuki, lonas e veludo –, e toda uma infinidade de imagens, nomes e fragmentos de linguagem, bem como densas camadas de tinta, resina viscosa e reprodução digital aplicada.
Sobre o artista:
Julian Schnabel (Nova Iorque, em 1951) vive e trabalha em Nova Iorque e Montauk, Long Island. Sua primeira exposição individual foi no Contemporary Arts Museum, em Houston, em 1975. Desde então seu trabalho tem sido exposto em renomadas instituições ao redor do mundo, incluindo a Tate Gallery, Londres (1983), o Whitney Museum of American Art, em Nova Iorque (1987), Inverleith House, em Edimburgo (2003); Schirn Kunsthalle, Frankfurt e Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri (ambos 2004); Mostra d’Oltramare, Nápoles (2005); Schloss Derneburg, Alemanha, Tabacalera Donostia, San Sebastian, e The Beijing World Art Museum, China (todos 2007), assim como na Art Gallery of Ontario, Toronto (2010). Seu trabalho faz parte dos principais museus internacionais e coleções particulares, como o Metropolitan Museum of Art; o Museum of Modern Art (MoMa); o Guggenheim Museum; o Whitney Museum of American Art; o Museum of Contemporary Art, e o Broad Art Foundation, em Los Angeles; Reina Sofia, em Madri, e no Centre Georges Pompidou, em Paris.