raid _8 (redundant array of independent disks)
18 ago - 22 out_2016
O projeto Raid 8 (redundant array of independent disks), que ocupará a Galeria Raquel Arnaud durante o período da 32° Bienal de Arte de São Paulo, consiste em uma coletiva em que quatro artistas representados pela galeria – Carla Chaim, Carlos Nunes, Ding Musa e Geórgia Kyriakakis – trazem convidados para participar da exposição – Takashi Kuribayashi, do Japão, Raúl Díaz Reyes e Iñaki Domingo, da Espanha, e Tiago Mestre, português residente no Brasil. Os artistas convidados produziram suas obras em São Paulo, durante residências artísticas que antecederam a exposição, o que traz um caráter mais experimental e de ocupação da galeria.
O projeto nasceu da vontade de propor e experimentar novas formas de organização e funcionamento de uma exposição, como demonstra o convite aos artistas estrangeiros, que foi feito diretamente pelos brasileiros. As escolhas privilegiaram questões de afinidade, identificação ou o simples desejo de confrontar os trabalhos no espaço expositivo, onde cabe às obras o poder de definição e de criação de sentido. Desse modo, como evidencia Jacopo Crivelli Visconti, crítico e curador que acompanha a produção de vários desses artistas, e que foi convidado a refletir sobre o processo por meio de um texto de introdução à exposição que fará parte do catálogo a ser lançado no início de setembro, “Raid 8 insere-se numa genealogia de exposições organizadas por artistas no Brasil e no mundo ao longo das últimas décadas”.
O processo de confronto/aproximação dos trabalhos revela procedimentos análogos e interesses comuns que norteiam a criação dos artistas envolvidos, independentemente das distancias geográficas e das particularidades de cada um. O uso de diversos materiais, a presença do desenho como matriz do pensamento, o uso da fotografia, o trânsito constante entre a virtualidade da imagem, a concretude do mundo e a exploração da tridimensionalidade, são alguns dos aspectos que revelam as aproximações na produção artística do grupo e que serão exploradas na exposição. Não existe uma reunião de obras por tema, o que se vê são conversas de diferentes práticas, reunidas e agregando umas às outras, novos discursos.