arranjo – elizabeth jobim

05 abr - 28 mai_2016

arranjo – elizabeth jobim

Paralela à abertura da próxima edição da SP-Arte, a Galeria Raquel Arnaud inaugura mostras simultâneas com duas artistas que participaram da icônica exposição “Como vai você, Geração 80?”, realizada em 1984, na Escola de Artes do Parque do Lage, no Rio de Janeiro. O térreo do espaço recebe Arranjo, de Elizabeth Jobim, que volta à galeria depois de sete anos. Já no primeiro piso com Fausto, Ester Grinspum faz sua estreia no time de artistas da marchand Raquel Arnaud.

A artista carioca Elizabeth Jobim traz a São Paulo três séries de trabalhos recentes. A mostra Arranjo é composta por obras que levantam uma discussão acerca da natureza do espaço pictórico, explorando suas dimensões físicas e borrando as fronteiras entre pintura, escultura e instalação. Em Blocos, série exibida pela primeira vez em 2013 no MAM-Rio, a pintura e a cor atuam diretamente no espaço real em blocos de lona sobre madeira pintados a óleo.

Em Parede, série iniciada em 2014 que terá uma edição especialmente feita para a presente exposição, com aproximadamente 60 peças, a artista propõe uma montagem que combina pinturas e objetos diversos, como pedaços de madeira e cadernos. Por fim, Elizabeth Jobim apresenta Tabletes, uma série inédita de 15 trabalhos que incorporam a este universo materiais distintos como gesso, cimento e pedra e são dispostos sobre o chão da galeria.

Dessa forma, a ação de arranjar mencionada no título faz alusão a dois momentos diferentes: o modo como são colocados os elementos dentro de cada série e a disposição destas no espaço, revelando zonas de interseção entre si. Como atividade paralela à exposição, acontece na primeira quinzena de maio um debate em torno do primeiro livro da artista. Trata-se de uma publicação bilíngue fartamente ilustrada com fotos de obras, que reúne um ensaio exclusivo com o curador e crítico Paulo Venâncio Filho e uma entrevista com a autora feita por Taísa Palhares. Além de Venâncio Filho e Palhares, participa do debate o também crítico Rodrigo Naves.