into the light
12 fev- 28 mar_2015
Raquel Arnaud foi uma das pioneiras na descoberta e promoção de nomes e movimentos hoje icônicos na cena artística. Ela soube usar sua atuação no então tradicional mercado de arte para construir as transições da arte moderna, passando pelos seus descendentes, até vigorosa atividade com os contemporâneos.
A marchand, que começou nos anos 1970 e ficou reconhecida por promover nomes hoje referenciais no circuito, inaugura o calendário 2015 com a exposição coletiva Into the Light, reunindo trabalhos de 29 artistas de diferentes gerações.
Elementos fundamentais da linguagem visual, luz e sombra são os recursos que determinaram a união dos presentes trabalhos ou, como definiu o crítico Cauê Alves, “o branco e o preto também são outro modo de compreender a mesma dicotomia. A luz branca traz dentro de si todas as cores reunidas, que podem ser distinguidas pelo prisma, e o preto é justamente a falta de luz. Luz e sombra são tão interdependentes como a oposição entre fundo e figura, regra básica da percepção”.
Das obras selecionadas para a exposição, Double Rift V (2014), gravura em grandes dimensões do norte-americano Richard Serra, impressa em bastão de tinta a óleo, em edição de 15 unidades, está entre as de maior evidência. Do time de artistas representados pela galeria, vale destacar a gravura em metal sem título de Elisa Bracher; o políptico 11111 Desenhos, de Carlos Nunes; a pintura Tamanduá e o continente, do artista carioca Carlos Zilio; a escultura sem título em vidro laminado e espelho laminado de Carlos Fajardo; os trípticos Lane, do alemão Wolfram Ullrich e Stunt Planes, de Carla Chaim ; o relevo Cercle noir sur vibrations do Jesús Soto e a Superficie Modulada 3 de Lygia Clark.