iole de freitas_escrito na água
30 set_1997 - 31 out_1997
O metal ele mesmo resiste á contração, busca voltar á posição original, resiste tensionado. na agitada, o vigor do cansaço. Contrariando a força da gravidade, essas esculturas têm algo de uma fonte estática que encontra no modelo da fonte a origem da sua tempestuosa força muscular de movimento em ondas. E também no jorro de linhas serpenteantes, espiraladas. Linhas Planos contorcidos e retorcidos tal um panejamento até o limite da expansão o brilho de corpos que costuram volutas esgarçadas depois de um grande esforço e assim manifestam algo de força liberta, da liberdade conquistada por um corpo que deixou finalmente de ser escravo.
Paulo Venancio Filho
extraído do catálogo da mostra
retrospectiva O corpo da escultura:
a obra de Iole de Freitas 1972-1997