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Biografia

belo horizonte_ mg_ 1947_ vive e trabalha em são paulo

www.romulofialdini.com

Nas fotografias de Romulo Fialdini, realizadas ao longo das últimas quatro décadas em grandes metrópoles, como São Paulo, Chicago, Nova York e Montevidéu, o cotidiano se despe de seu caráter óbvio e revela-se como mistério ainda a ser desvendado, permeado por geometrias, arquiteturas e relações sugeridas. Por meio de derivas urbanas, às vezes casuais, às vezes em busca do imprevisto, Fialdini evidencia os elementos emblemáticos das cidades sem elidir os conflitos que invariavelmente as habitam. Trabalhando frequentemente com fotogramas de formato quadrado, na maioria das vezes em preto e branco, Fialdini busca momentos de luz natural mais suave que possibilitam a apreensão de texturas e sombras de maior complexidade, criando diálogos entre a arquitetura e as linhas estruturais das fotografias.

Romulo Fialdini iniciou sua carreira profissional no início da década de 1970, como assistente do fotógrafo Luiz Hossaka, no Museu de Arte de São Paulo, onde produziu imagens para catálogos, livros e para o arquivo de documentos de Lina Bo Bardi. Desde 1975 trabalha como fotógrafo independente, atuando também no campo editorial e de publicidade. Além de grande expoente da fotografia urbana e de arquitetura, Fialdini é um dos maiores especialistas brasileiros em reprodução e fotografia de obras de arte, tendo contribuído para a ilustração de inúmeros catálogos e livros de arte. 

Entre as mostras individuais, destaca-se “Chicago” (1995), na Galeria Fotoptica, em São Paulo. Participa de exposições coletivas desde a década de 1970, entre as quais se destacam Bienal Nacional (São Paulo, 1976); Quadrienal de Fotografia (São Paulo, 1985); e Miroir Rebelle (Paris e Rio de Janeiro, 1986). Em 2003, integrou o Clube de Colecionadores de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Suas fotos encontram-se conservadas no Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo e Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. É representado pela Galeria Raquel Arnaud desde 2011.

 

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O percurso do fotógrafo Romulo Fialdini surpreende por um desejo de explorar e registrar as formas da interação humana com o mundo – a arquitetura, as tramas e dispositivos urbanos, os caminhos, o modo como nos comunicamos e sobrevivemos – distinguindo as coisas de sua aparência e justificando essa ideia através da fotografia.

Esse breve itinerário de tempos recolhidos das tessituras de tantas cidades visitadas pelo fotógrafo são ecos e registros de um caminhar solitário, são como uma pausa ao ritmo do consumo das imagens rápidas, do tempo acelerado e do colapso contemporâneo. As imagens de Romulo Fialdini revelam a potência de vivenciar geometrias de lugar e tempo e propiciam outros tantos desenhos do que parecia conhecido, óbvio, cotidiano.

Seus procedimentos imagéticos compreendem deambulações urbanas casuais e, por vezes, um caminhar atento em busca da imprevisibilidade dos vazios inomináveis, das arquiteturas inimagináveis, das faces pitorescas e anônimas que povoam alguns retratos. Assim, singulariza aquilo que já se encontra presente na paisagem e nas relações com os lugares, ainda que como intuição ou memória, tornando urgente um olhar mais demorado, desafiando aos predicados das imagens. Pensei que fosse só eu é o testemunho de um atravessamento, de uma transformação da experiência espacial em imagem.

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